- Como um Dragão de Sangue que sou sempre...
...vivi
em tempos horrores... e ergui-me
sempre
acreditei em mim e confiei
mas
tudo isso se foi... deixou de ser
o
maior horror é não saber o que se fez...
não
acredito em mim nem confio na minha pessoa
quero
agradecer a quem em tempos declarava que eu era um super ser, um ser de valor,
um grande amigo, um bom pai, um ser de confiança... e finalmente por mostrar o
monstro de ser que sou.
que
tudo aquilo era uma mera ilusão e um engano... uma situação de carência e
solidão talvez... uma mera paixão passageira... nada de importante ou de grande
força...
temporário...
sou
algo que não sei... que essa pessoa sabe...
penso
e repenso... diz q destrui tudo... mas o que concretamente???
...
se não confiava em mim, se não acreditava em mim... se achava m um desequilibrado...
"dei
cabo de tudo"... tudo o q????... do sonho, da ilusão... acho que dei cabo
do q não existia... pois "nunca desistas, e eu não desistirei"...
engraçado... não fui eu q desisti...
Mas
eu, Dragão de Sangue, sei que viverei a minha maldição pra sempre... que a tal
princesa não existe nem nunca existirá e que agora sofro de duas maldições... a
de ser este Dragão de Sangue e não puder voltar a ser o homem que fui outrora,
a outra de não voltar a ter coração, nem capacidade de amar sem ser ela... pois
a feiticeira levou o coração e aprisionou num inquebrável cofre...
-
Mas fizeste bem, pois só t faria mal, sou um ser mau, um Dragão de Sangue.
Desejo que sejas muito feliz com quem amas, com esse teu companheiro. - Grita o
Dragão de Sangue do alto da montanha.
E
assim voltou a esconder no covil embrulhado no negro.
Antes
de pousar a cabeça no pó vermelho do leito do covil sussurrou: - Obrigado por
teres m dado momentos de felicidade, d seres a mulher q eu amo, obrigado por
tudo, pelo afeto q partilhaste com este ser horroroso.
E
o covil foi invadido plo silêncio.