sexta-feira, 22 de maio de 2015

tesouro que corsários enterraram em segredo



(Com o sol a bater na face esquerda, tentando olhar para a montra)
- Não esperava por esta. Apesar de estar a sentir  o calor do sol, sinto que a primavera invadiu os escombros do forte que outrora guardava o coração que se encontra em cinzas.
Tenho sentido somente as sombras a deambularem por entre as réstias do forte, ouve-se o silvo do vento a chamar em silêncio por… algo que já foi.
Quando venho aperceber que pequenas flores e ervas espreitam por entre esses mesmos escombros e envolvem a sombra com um brilho novo.
Tenho medo, pois é mais um sonho impossível e inatingível. Algo precioso que não possuo o mapa desse tesouro que corsários enterraram em  segredo. (...)


Sons com Cores!!!

Mais um Puzzle de palavras largadas ao mundo!



MOMENTOS FUGIDIOS NUM PRESENTE PERDIDO

                Sempre que perdemos a noção do tempo, procuramos paz ou cresce a adrenalina no nosso interior.
                Sinto que por vezes, que estou amaldiçoado com o feitiço temporal lançado pelas três irmãs cegas do monte de Olimpo, as Moiras.
                Julgo que sou um simples, um humilde cavaleiro neste mundo turbulento e tumultuoso, que cada dia é uma revolta ou um tornado.
                O feitiço provoca a perda momentânea da razão, o tempo então aproveita para realizar a sua fuga e abandonar-me nas garras do monstro sedutor, com formas curvas que cerca o meu pequeno forte, onde bate ritmada uma melodia constante e monótona.
                Este belíssimo monstro usa-me de forma descarada, escraviza o meu forte, ordena que eu me perca no mundo em destruição. Onde os valores são memórias de um tempo que faleceu abandonado em idos de um outono.
                Mas porquê que o forte despedaçado ainda é habitado por fantasmas de desejos, vontades e ternuras por entidades divinas que exerceram a sua magia, acorrentam todos os habitantes do forte e escravizam sem dó.
                E de tal forma que este cavaleiro se encontra perdido, as ervas, pequenas flores começam a brotar dos escombros do forte. Algo que deveria ser impossível, pois o ser alado que trouce a luz, regou os fragmentos, tem o seu reino, o seu imperador.
                O mundo em que eu acordo está em constante tormento por furacões que abatem consecutivamente os fortes que ainda existem. Sinto-me perdido, não sei em que momento estou. Preciso de uma bússola que me oriente nesta linha temporal, que se enrola e prende os meus pensamentos e vontade. (…)