quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Não há nada que esteja só...

“Não há nada que esteja só; nada pode estar em completa solidão: o que existe necessita de outro para ser. “ - Leopoldo Schfer

Sol, luz que provem de um astro que aquece a alma.
Mas em certos dias de sol, a alma encontra-se fria.

Quando, um certo vazio nos envolve e nos gela o coração, quando olhamos à volta e não encontramos calor, é porque nem nós fazemos companhia a nós próprios… estamos sós. Até mesmo quando estamos no meio de uma enorme multidão, a solidão tenta conquistar o tempo, tornando este vazio e escuro.
O sol foge e esconde-se por detrás das sombras que nos perseguem diariamente de um passado que inocentemente acreditou em sonhos e milagres.

O sol não está só, tem a lua.
O fogo não está só, tem a água.
A luz não está só, tem a escuridão.
A origem não está só, tem o destino.

Tudo neste mundo tem o seu oposto, o seu complemento, a outra parte que equilibra, o yan tem o yin, um equilíbrio constante, nada está só.

Então porque que existe a solidão, o vazio, será que não existe mais?
Estar só é porque não se tem, ou porque se perdeu?

No meio deste ruído todo, eu estou só. Nem a mim me tenho… perdi-me, e não sei como encontrar e acabar com a solidão.
Assim não sou! Estou incompleto, vazio e perseguido pelas sombras silenciosas que gritam dentro de mim por carícias e afectos.

A solidão cria carência. Produz loucura.
Sou louco!!!

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