quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Não há nada que esteja só...

“Não há nada que esteja só; nada pode estar em completa solidão: o que existe necessita de outro para ser. “ - Leopoldo Schfer

Sol, luz que provem de um astro que aquece a alma.
Mas em certos dias de sol, a alma encontra-se fria.

Quando, um certo vazio nos envolve e nos gela o coração, quando olhamos à volta e não encontramos calor, é porque nem nós fazemos companhia a nós próprios… estamos sós. Até mesmo quando estamos no meio de uma enorme multidão, a solidão tenta conquistar o tempo, tornando este vazio e escuro.
O sol foge e esconde-se por detrás das sombras que nos perseguem diariamente de um passado que inocentemente acreditou em sonhos e milagres.

O sol não está só, tem a lua.
O fogo não está só, tem a água.
A luz não está só, tem a escuridão.
A origem não está só, tem o destino.

Tudo neste mundo tem o seu oposto, o seu complemento, a outra parte que equilibra, o yan tem o yin, um equilíbrio constante, nada está só.

Então porque que existe a solidão, o vazio, será que não existe mais?
Estar só é porque não se tem, ou porque se perdeu?

No meio deste ruído todo, eu estou só. Nem a mim me tenho… perdi-me, e não sei como encontrar e acabar com a solidão.
Assim não sou! Estou incompleto, vazio e perseguido pelas sombras silenciosas que gritam dentro de mim por carícias e afectos.

A solidão cria carência. Produz loucura.
Sou louco!!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sou quem? Serei quem?

Vindo de terras vermelhas e quentes onde em outrora grandes guerras territoriais e étnicas se travaram, de terra conquistada e magoada. Nasci aos berros numa noite escura e ruidosa, trovões e chuva violenta rodeavam e faziam com que entoasse o ar que vibrava em mim.

Deixei terra saudosa em tumulto e vim para um pequeno canto neste continente de conquistadores.

Bela terra de boa gente. Onde cresci e criei novas raízes.

Sendo um sedoso por conhecimento, fiz muita coisa, em busca de um sonho “Da Vinciano”, saber de tudo e fazer de tudo, cheguei a tornar-me num professor em artes e tecnologias com alma de aprendiz e acha que ainda não aprendeu ou sabe tudo.

Tenho dois dos mais belos tesouros do universo, tal como outros também os seus. São essas as sementes que perduram o meu nome e o melhor do meu ser.

Sou um sonhador que infelizmente deixou de acreditar em milagres.

Amante de história universal, de mitos e lendas, de tecnologias, de teatro, de dança e música, afinal sou é um amante da vida e de a viver em pleno, o que é uma utopia neste universo.

Adoro brincar, sou viciado em trabalho, em estar ocupado, não pretendo ser um génio mas sim um ser melhor.

Afinal sou o que sou. Sou eu.