terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Navegando pela penumbra do breu da serra - Dragão de Sangue

Perdido o Dragão de Sangue andou pela serra, saiu do seu covil e perdeu-se no breu onde sentimentos e pensamentos megulharam a sua alma ferida numa tempestade de emoções.

Assim foi cercado pela sensação de que o fim estava próximo.
Aguardava em encontrar com o velho cefeiro, e que este o fizesse desaparecer dali, naquele instante, transformando este ser em cinzas de uma vaga memória.

Mas não o encontrou no seu nocturno passeio, pois este velho cefeiro anda esquivo e adora ver o nosso Dragão de Sangue sangrar do seu coração de lava.

‎...vagueando pelo breu da noite... por entre os nocturnos... pela serra sentido a sua pulsação... assim anda um ferido Dragão de Sangue... tentando desaparecer no éter da vida... mas acabou por voltar ao covil... onde novamente a negra solidão o invade e acorrenta a alegria e o seu sorriso, dando a vez a lágrimas geladas de um fogo apagado.

O Dragão de Sangue sente as sombras a puxa-lo para o esquecimento, alimento as memórias de belos e quentes sorrisos de outrora na companhia da bela estrela.

As sombras corroem a sua alma e apagam o fogo do seu coração de lava.

...continua...

- Sejam felizes e sorriam - Always and all the time, forever and ever...

domingo, 8 de janeiro de 2012

PALAVRAS APRISIONADAS NA ALMA...


Tenho vontade de gritar ao céu as palavras que aprisiono em mim, em minha alma.

Mas quem iria ouvir. Se nunca me ouviram.  
Nem estrelas, nem lua escutaram as minhas palavras.

Elas estão aqui presas, empurrando umas às outras, querendo sair, ir em liberdade.

Cansado de impedi-las de sair.
Hoje talvez as deixe sair.

Estas palavras estão insaciáveis por sair e esvoaçar pelo céu sem rumo.

Estou sendo atormentado por palavras que proferiam, que feriram a minha alma.

Mas eu sou culpado, sem memória de outras que proferi e que magoaram alguém muito importante na minha vida.

Eu não sou um monstro que dizem eu ser.
Eu não faço e nunca faria mal, seja a quem fosse.
Posso gritar, explodir verbalmente, mas nunca agrediria alguém.  
Eu posso ter imensos defeitos, sei que sou uma pessoa difícil, mas nunca seria mau e violento com alguém.

Eu conheço o meu íntimo, o meu âmago, a minha essência não é destruidora.

Eu sempre fugi da violência, pois sempre fui vítima.

Quero voltar a acreditar em mim, e deixar de ter esta dúvida que alguém colocou em mim.
Eu não me recordo, não tenho memória desse momento.
Preciso de saber, voltar a conhecer-me.

Eu sempre fui e serei uma pessoa pronta a ajudar e a sacrificar pelos os outros, se precisarem.
Coloco os outros em primeiro lugar, dou valor ao que me dizem.

Como seria eu capaz de magoar a pessoa que eu amo.

Não sou mau, sou talvez emotivo, stressado, mas bom  e amigo.
Mas esta duvida que se instalou em mim, está a destruir-me por dentro.
Não sou capaz de erguer-me de novo.

Não sou um monstro, não aceito em acreditar nisso, mas a as palavras que me dirigiram marcaram em mim a noção de que sou sim, um monstro.

Doi sentir que talvez estive enganado este tempo todo. E que afinal não sou quem eu pensava ser.
Que devo afastar das pessoas, porque sou mau.
E que afinal não sei mesmo amar.

Sofro por esta dúvida que invadiu o meu ser, que se alimenta da minha alma como um verme sedento por vida.

E as palavras são tantas que não consigo liberta-las todas. Tenho medo de as deixar elas saírem.

Tenho medo de as libertar. Tenho pavor do que posso ser. Tenho receio do que estas palavras sejam.
Passei a ter medo de mim e a odiar-me
Estou morrendo, definhando… 

sábado, 17 de dezembro de 2011

preciosa companhia...


Mais uma noite em que o silêncio da companhia cercou-me... noites de solidão...
Em certos momentos queremos estar sós… mas noutros é tão preciosa uma companhia.
Sai… fui passear… fui receber ar… mas o silêncio da minha companhia foi constante… aquele espaço estava vazio… perseguia… nos momentos da vida em que precisamos de alguém é quando o mundo fica em silêncio.
Tentei dar esse lugar a pensamentos… mas só saudade me cobria… o maldito silêncio apregoava constantemente o que já não existia.

A noite esteve em mim envolta de saudade… de carência de carinho, afecto e… o silêncio era a minha companhia…
Neste mundo ruidoso o silêncio era o meu companheiro da noite que não parou de falr ao meu coração e à minha alma o sentimento que ocupa o meu ser…

Serei surdo ou simplesmente desatento ao mundo… pois só ouvi o definhar do silêncio ao meu lado…

domingo, 4 de dezembro de 2011

ESCURIDÃO... ANGUSTIA E PERDIÇÃO... - POESIA DE UM DRAGÃO DE SANGUE


"Se soubesses como definho por ti
a cada dia que termina
a cada carícia da brisa
que ao de leve me afaga
alma que me deixas órfão
de teus beijos

e a luz que me falta
da luz desse lindo sorriso teu"

"Procuro esse teu olhar
procuro esse teu calor
procuro esse teu sabor"

Será demência
Será loucura
Será obsessão
Será amor eterno

ou simplesmente dor de ter perdido
o maior tesouro do meu coração!?

"Pela tua mão subi montanhas
até ao cume de mim

Pelo teu corpo mil caminhos criei
na sede de perder-me em ti

pelo leito de baunilha encontrei os teus olhos
senti o calor de mil sóis
ouvi mil ritmos

e agora meu amor que...
todos os silêncios e cantos escuros
apoderam-se de mim
e atormentam as memórias de ti"

Aqui neste covil, me escondo
Aqui neste negro denso, me perco

Invento formas de te esquecer
Invento maneiras de apagar
Invento sentidos de te perder

Nada funciona, pois não sou falso, nem mau.
Sou só alguém enamorado
Alguém que cometeu erros por não te querer perder

Sou humano, imperfeito sobre o domínio de um amor que não me perdoa.
Tormenta a minha alma a minha existência.

Mas nunca deixarei de ser amigo, serei sempre o amigo que nunca abandonara
Fui, sou e serei sempre leal, fiel e honesto.
Fui, sou  e serei sempre amigo, apesar de me magoares pela tua falta de confiança na minha pessoa.

A minha volta dizem que sou "cinco estrelas", que sou "um grande homem", que sou "raro", que sou "muito especial".
Eu pergunto: para que ser isso tudo se não tenho quem partilhar alegria, dor, calma, tempestade e amor?
Que me vale tudo isso, se "Dulcineia do meu reino" foges de mim de medo de uma ilusão que achas real. 
Nunca fria mal a quem me faz sentir este sentimento tão puro e forte. tão real e quente.

Esta é a escuridão... angústia e perdição deste Dragão de Sangue.

Só quero um coração de fogo novo, uma mente nova e voltar a não conhecer o amor.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Falsidade... engano... - Dragão de Sangue


Mais um dia repleto de sombras no nosso Dragão de Sangue.
O Dragão de Sangue sente a falsidade das juras que ouviu e do engano que lhe ofereceram outrora.
Pois os amigos não desistem nem abandonam. Claro os verdadeiros.
Não os falsos que apregoam aos ventos e difamam palavras de injuriassobre alguém que conheciam melhor que ninguém.

O Dragão de Sangue tenta constantemente arrancar de seu peito escamado o coração de fogo que sofre com todo isto.
Por vezes este Dragão de Sangue gostaria de ser frio e distante com certos seres.
Ser o que as pessoas, esses humanos crueis, pensam dele.

Pensam que o Dragão de Sangue é mau, violento, demente, duro, frio e cruel.
Mas nada disso é o nosso Dragão.

É lamentavel que quem ele partilhou o mais intimo e sagrado do seu ser é deitado fora e considerado falso.

Falso são esses seres humanos destruidores de almas.

Mais um dia inundado de sombras, de vazio, de memórias dolorosas apesar de doces.
O Dragão sente uma mistura de odio e a... sente dor e desilusão.

Mas o Dragão de Sangue não consegue arrancar o seu coração... pois está infectado com este sentimento torturador.

Quer paz!!! Viver de novo... sorrir e dançar.